Laríope é o nome de uma das irmãs do personagem Roseno, de Meu Tio Roseno, a cavalo, o mais recente livro de Wilson Bueno. Laríope é variação evidente de Líriope, a ninfa, que, como nos ensina Juanito de Souza Brandão, não escapou da insaciável energia sexual do rio Cesifo. Os dois são pais de Narciso,…
Autor: Régis Bonvicino
Michael Palmer e Charles Bernstein
ENTREVISTAS DE MICHAEL PALMER E CHARLES BERNSTEINA RÉGIS BONVICINO, EM 2000 THE PROMISES OF GLASS, DE MICHAEL PALMER, NEW DIRECTIONS, 2000REPUBLICS OF REALITY, DE CHARLES BERNSTEIN, SUN & MOON, 2000 “The Promises of Glass”, décima sétima coletânea de Michael Palmer, e “Republics of Reality”, reunião de oito livros, escritos e lançados entre 1975 e 1995,…
Régis Bonvicino enfrenta
desafios ontológicos
Céu-Eclipse, novo livro de poemas do escritor, representa nova literalidade na trajetória do autor de Outros Poemas Por Aurora F. Bernardini Querer que a poesia limite com a filosofia e até mesmo a prenuncie, não é apenas retórica. Depois de Pound e Hölderlin, consagraram-se as formulações “os artistas são as antenas da raça” e “o que…
Carlos Adriano
Entrevista para Carlos Adriano Por que “Céu-eclipse” traz o subtítulo “poema-idéia”? Por que ele se inicia com mastigação de lixo e finda com a rua em silêncio?Régis Bonvicino: “Poema-idéia”: para alertar que “Céu-eclipse” é, na verdade, um poema só, feito de conseqüências. Para acentuar a noção de conjunto, de exploração de tema e subtemas. Para marcar…
POESIA COMPLETA DE RAUL BOPP
Oportuno reiterar a qualidade da organização desta Poesia Completa, de Raul Bopp, feita por Augusto Massi, e reafirmar, sempre, a importância de sua iniciativa, que, a partir de minuciosa pesquisa, fixa todo o conjunto do trabalho do poeta, pela primeira vez, libertando-o, por assim dizer, da pecha de autor de um só livro, “Cobra Norato”,…
ANTOLOGIA RECOLHE LÍRICA BRASILEIRA CONTUNDENTEMENTE PESSOAL
GUY BENNETTespecial para a Folha Régis Bonvicino no centro, Michael Palmer à direita, Los Angeles, 1996 A antologia bilíngue “Nothing the Sun Could Not Explain” reúne três gerações de poetas cujos trabalhos refletem as principais tendências da poesia brasileira nos últimos 30 anos.Começando com trabalhos do movimento tropicalista dos anos 60 e prosseguindo através da poesia…
SOBRE JÚLIO BRESSANE
Cine Marachá,Rua Augusta,talvez 1973.Talvez 1974.A figura de Julio Bressane,sentado numa poltrona.Haroldo de Campos e mais um par de amigos( Péricles Cavalcanti?).”O Anjo Nasceu” ou “O estrangulador de Loiras”? “Família do Barulho” ou “Matou a família e foi ao cinema”? “Matou a família e foi ao cinema”.Lembro-me de ter anotado este poema-título em um de meus…
ORELHA DO PRIMEIRO TEMPO
Haroldo de Campos e Régis Bonvicino em 27 de junho de 1983 Haroldo de Campos “Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho/ Destemperada e a voz enrouquecida,/ E não do canto, mas de ver que venho/ Cantar a gente surda e endurecida.” Assim Camões, n’Os Lusíadas (Canto X, 145), dirigia-se a seus…
DESPOESIA – AUGUSTO DE CAMPOS, 1994
Despoesia, de Augusto de Campos, é, ao lado de Poesia completa e prosa, de Murilo Mendes, o mais importante lançamento do ano, apesar de estarmos ainda em agosto. A coletânea reúne, em quatro secções nomeadas “expoemas”, “intraduções”, “profilogramas” e “despoemas”, sua produção desde “Viva vaia”(1979). A polissemia do prefixo des colabora para a compreensão dos…
UM LUGAR PARA A VOZ DO POETA
Relançamentos de gravações de Drummond e Vinícius mostram que a leitura de poesia merece mais atenção Não deve passar sem registro o fato de que duas antologias poéticas foram relançadas no final de 1993: a de Vinícius de Moraes e a de Carlos Drummond de Andrade. Não em livro, mas em fita (cassete), com os…