Por Fernando Abreu (*) “Eu faço versos como quem sofre, de desalento, de desencanto”. Ligeiramente modificados, os versos de Manuel Bandeira bem poderiam servir de epígrafe irônica à nova coletânea de Regis Bonvicino. Se ausente o tom confessional, desalento e desencanto sobram em A nova utopia. A obra parece destinada a ecoar o questionamento feito…
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Régis Bonvicino: poética da ordem da potência
Flávio Viegas Amoreira Um poeta com olhar crítico exacerbado sem concessão ao “patotismo”, o repugnante compadrio nas letras (do que resta) brasileiras. Nada acomodatício, força semântica como máquina de significados novos, contundente sem nada rebarbativo, denunciador em nada panfletário, Régis Bonvicino poeta ciclópico em tempos obtusos. Sua poética é melhor libelo contra a degenerescência não…