Estranhos sinais de Saturno, de Roberto Piva, reúne o livro Ciclones, de 1997, o livro inédito Estranhos sinais de Saturno (1997-9), manifestos de várias datas, e um compact disc, contendo gravações de poemas lidos pelo autor – interessantes. Há um prefácio de Alcir Pécora, talvez o melhor crítico literário em atividade no país, em razão de sua capacidade de…
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MIRÓ E CABRAL: LINHAS CRUZADAS
Prefácio ao livro Joan Miró, de João Cabral de Melo Neto, editado em português, catalão e espanhol, pela Casa Amèrica Catalunya, 2008, Barcelona. João Cabral de Melo Neto (1920-1999) possui dez livros publicados no mundo hispano-americano [1], todavia é conhecido na Espanha apenas por um círculo restrito de intelectuais e aficionados, sem um leitorado, digamos, mais…
SALVOS SON OS TRAEDORES
Cancioneiros medievais galego-portugueses, de Gladis Massini-Cagliari, é livro meritório por duas razões básicas. A primeira, por resgatar tema sempre esquecido pelos poetas, prosadores, críticos e operadores do idioma em geral: a origem da própria língua. Tema relegado aos “especialistas”, quando, na verdade, está – por mais oculto que pareça – presente na vida diária. A…
REPTO INCOMUM
Wilson Bueno está entre a meia dúzia de prosadores que realmente conta no Brasil – Brasil medíocre do violeiro e “prosador” Chico Buarque, dos imitadores obsessivos de José Agripino de Paula, dos “poetinhas”, colunistas sociais manés, e outros, analisados por Alcir Pécora em seu ensaio “Momento crítico”, publicado na revista Sibila em 2004, verdadeiro divisor de águas…
Entrevista simultânea, Régis Bonvicino
Nasceu na cidade de São Paulo, em 25/02/1955. Advogado, jornalista, escritor e poeta, trabalhou como articulista do jornal Folha de S. Paulo e de outros veículos até ingressar na magistratura, em 1990. Seus três primeiros livros, Bicho papel (1975), Régis Hotel (1978) e Sósia da cópia (1983) foram por ele mesmo editados. Hoje, estão reunidos…
Caderno Cultura, O Estado de São Paulo
QUESTIONÁRIO EX-LIBRISEntrevista para o jornal O ESTADO DE S. PAULO,Caderno Cultura, março de 2006 Cultura: Que livro você mais relê? E qual a sua impressão das releituras?Régis Bonvicino: Releio sempre poemas soltos, por exemplo, de Carlos Drummond de Andrade, de Murilo Mendes, de João Cabral. Reli recentemente o poema imagista de Ezra Pound “In a Station…
MEU LIVRO PREDILETO
O meu livro predileto é Poeta en Nueva York, de Federico Garcia Lorca, escrito em 1929 e 1930, quando ele era estudante na Columbia University, que leio e releio por agora, caoticamente, numa edição espanhola da Lúmen, de 1998. Acrescento: o meu “livro” mais amado é Obra Poética completa, de Lorca. Por que o…
Claude Royet-Journoud
UMA SÓ PALAVRA Claude Royet-Journoud e Régis BonvicinoTexto publicado em Sibila, a. 4, nº 7, novembro de 2004 Claude Royet-Journoud nasceu, em 1941, na cidade de Lyon, na França. Vive em Paris há décadas. Trabalhou, durante trinta anos, numa tetralogia poética que foi sendo lançada por partes: Le Reversement (1972), La notion d’obstacle (1978), Les…
Raymond Bianchi
OUVIA JIMI HENDRIXEntrevista de Régis Bonvicino para Raymond Bianchi,em 31 de outubro de 2004 Ray Bianchi: Onde você nasceu? A poesia fazia parte deste cenário?Régis Bonvicino: I was born and raised in the city of Sao Paulo, in fact I have never lived anywhere else except for a short period of time in 1991 when I…
SOBRE DÉCIO PIGNATARI
A reunião de toda a poesia de Décio Pignatari, um dos poetas centrais do século 20 brasileiro, de 1950 a 2000, neste novo livro, de boa qualidade gráfica, tem, entre muitos significados, o de “permitir” novas leituras, novas legibilidades, novas hipóteses de sentido, para seus poemas; hipóteses mais livres e menos previsíveis, na contramão dos…