Vestíbulo
Diana Dondoe – aclamada pela MODELS.com como “beautiful, brainy and A-list baby” – conta que veio da Romênia para estudar Letras em Paris. Fala de seu fascínio pelo optimisme noir de Cioran, de seu êxtase diante de Mircea Eliade e de sua paixão atroz pelas fábulas de dráculas dos Bálcãs: flores escuras se rompem – uivos – sob teias de aranha à meia-noite, capturadas por ofídios. Ouve Parazitii, Piaf, música erudita. Faz poemas, entre um fashion show e outro, uma capa e outra. Adora peças de bronze. Tem juízo. Tudo muda num minuto. Dólares voam de vuittons. Há mesmo um quê de verdade nos clichês? Cioran afirma que “as grandes verdades são ditas nos vestíbulos”. Você se lembra deste Axiome quando desfila para Missoni, Prada, Balenciaga, Gautier, a velha Chanel ou para o glamour surrealista de Maska?
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Depois do novo contrato milionário com a Virgin Mobile, Kate foi flagrada esquiando aos beijos com Jamie, o teen de piercing no nariz. Faz tudo a seu bel-prazer. Kate luta box consigo mesma, como sempre. Kate simula masturbar-se na neve de Aspen, numa demonstração, ostensiva, de poder.